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domingo, 12 de junho de 2011

LOUCUBRAÇÕES

Nossa última flor do Lácio está agonizado. Ou, quem sabe, antegozando com a nossa cara. Afinal, hoje já não se fala mais como se falava nos belos tempos em que essa flor brotava nos jardins romanos. E depois destas loucubrações, não se falará mais nem como se fala hoje (se os filólogos e gramáticos de plantão não me prenderem ou me internarem num hospício!). Bom, por que acho isso? Vamos analisar a nossa adorada língua. Não, não me refiro a que está dentro da sua boca, mas ao idioma que falamos, conhecido como língua portuguesa (não é a língua da portuguesa, não!). Começaremos por ver o alfabeto: a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v x y w z. É, coloquei o w, o y e o k, porque estão no teclado, porque eles já caíram fora do nosso alfabeto. Vamos voltar ao alfabeto. Começamos por tirar as vogais: a e i o u. Tem três que são consideradas vogais e duas chamadas semivogais. Será que queriam ser consoantes? As vogais são o a, o e e o o. O i e o u são as tais semivogais. Acho que são semivogais, porque representam a preguiça de abrir a boca que muita gente tem ao falar. Por exemplo, fala-se pratilera onde se deve pôr prateleira. Ou dévi onde deve; às vezes, não põe: dexa e não deixa, pódi e não pode e por aí afora.
Tirando as vogais e semivogais, sobram as consoantes. Consoante diz o Michaelis, consoante forma o fonema (não tem nada a ver com telefonema). Então, vamos ver como são as consoantes. O b faz ba be bi bo bu, o c faz ca ce(?) ci(?) co cu (é assim mesmo, sem acento). Aí começa o problema: se é c, com som de se, então, por que não faz sa so su? Os gramáticos dirão: “tem o s”; eu digo: o s não é ess? Ou seja, não é só soprado? E soprado forte, para não confundir com o soprado fraco do z? Afinal, para fazer o ce e o ci tem o q, que é chamado de que. Portanto, para resolver esse problema, a resposta é qa qe qi qo qu. Prosseguindo, depois do c, vem o d, f, g, opa, outra letra estranha! É ga ge gi go gu. Então, para que tem o j? Só para substituir o g no ge e no gi? Vamos colocar as coisas nos seus devidos lugares: o ge deixa de ser g e passa a ser ge, então, fica ga ge gi go gu, e o j fica ja je ji jo ju. Entendeu? Não? Eu explico: o que era gue, continua sendo gue, só que, agora, é ge, e gi também. Depois, vem o h. É uma letrinha meio estranha, essa. Às vezes, está na palavra, mas não faz nada. O pior, além de não fazer nada, é bradado “com h maiúsculo!”. Qual é a vantagem de fazer nada maiúsculo? Houve um tempo em que queriam tirá-lo daí, mas, daí não deixaram, então, ele continuou não fazendo nada maiúsculo. Bem, concordo que, às vezes, o h é necessário, especialmente quando ouve. Se não fosse o h, não saberíamos, na escrita, se ouve ou se ouve... é, porque, se ouve, não sabemos se ouve ou se ouve... é bom parar por aqui, porque já á muita confusão na escrita, para aver mais confusão no ouvido... ou, no avido...
O j já falamos, o l é l mesmo, se bem que, às vezes, podia ser o ou u. Antes do l, tem o k, mas, como já temos o q, não precisamos dele. O seguinte é o m, meio-irmão do n. A primeira coisa estranha aí é essa estranha paixão do p e do b que só querem ficar juntos do m, quando o n poderia, muito bem, substituir. Afinal, o som do nariz é o mesmo no m e no n. Depois, vem p e o q, qe nós já vimos lá em cima. Aí, vem o r e o s, que é soprado forte, para não confundir com z, que é soprado fraco. O t é t mesmo, mais duro que o d, o v, que é mais fraco que o f... o x, que às vezes é xis, às vezes é qcis, às vezes é z, só para atrapalhar a vida da gente! Se já tem o qcis, que serve para fazer qcis, então o x devia ser só para fazer x mesmo, no xa xe xi xo xu, sem precisar do cha che chi cho chu. O y tá aí só para atrapalhar. O último, mas, nem por isso menos importante, é o z, que é muito bom para dormir... zzzzzzzzzzz...! fim

Um comentário:

Anônimo disse...

isso é loucura total