Tótila Artigas
VIDA INTERIOR
Escuro...
Está tudo escuro...
Agradavelmente quente,
Mas... escuro.
Nada sob meus pés,
Nada ao alcance
Das minhas mãos.
Flutuo no escuro...
Escuridão solitária.
O doce embalo morno...
Sem passado,
Sem presente,
Sem futuro,
Flutuo na solidão
Nem acima,
Nem abaixo,
Nem esquerda,
Nem direita,
Só flutuo.
Uma luz...
Um ponto de luz...
(Será alguém
com uma lanterna?
Ou uma lanterna
Sem ninguém?)
Mais luz...
Flutuo na penumbra.
Flores...
Perfume agradável
na penumbra...
Mais flores...
Mais luz,
Cores....
Muitas cores,
Som...
Muitos sons...
Muita luz...
Esta poesia foi escrita por mim nos primórdios da minha vida de escritor, ou seja, na adolescência. Foi uma das poucas que sobreviveram aos percalços da minha vida. As outras, viraram cinzas... Mas não tem problema, afinal, a vida é uma poesia onde escrevemos uma estrofe nova todos os dias. Assim sendo, nascemos todas as manhãs. Outras poesias e textos diversos nascerão com o passar do tempo.
Espero que minhas amigas e meus amigos me visitem e deixem seus comentários.
2 comentários:
Adorei sua poesia vou ficar esperando outras e mais outras e mais outras......
Nossa, muito legal essa poesia, bem criativa!
Parabéns vô, estou adorando o blog!
Abraços.
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